Há um milhão de coisas que devia estar a fazer neste momento.
Mas não estou.
Não me consigo concentrar, tenho a cabeça cheia de água da chuva, cheia de qualquer coisa menos o que devia cá estar dentro. As minhas amigas andam cada uma pior que a outra e eu que cá me vou aguentando acabo por me influenciar pelos problemas delas e inevitavelmente, pensar nos meus e até inventar uns quantos que podem nem sequer existir. Leio e volto a ler o post que fiz à uns tempos, do estar "in love" e do não nos contentarmos com pouco se podemos ter um bocadinho mais. Mas que cena é esta de "um bocadinho mais" se nem um "bocadinho de menos" nos bate à porta?! Acho que há alturas que nos cai tudo e mais alguma coisa em cima, como um calhau do céu. Muito pouco divino, na minha opinião.
Que fazer nestas alturas? Esperar que os calhaus parem de cair?
Antes que isso aconteça, decidi preparar uma festa só de muchachas, para as raparigas fazerem exactamente aquilo que lhes compete. Comer até sentir o rabo um nadinha mais mole, arrotar, ver filmes muito tristes e fofocar até que as outras pessoas tenham as orelhas a escaldar. Claro que uma festa não vai ser a resolução para todos os nossos problemas, mas um bocadinho de felicidade instantanea nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário.
Por isso, preparem os saco-cama e as barrigas que a noite de sexta-feira promete. Palavra de escuteiro.
