We will survive!

E nisto se passou mais uma noite. O resultado de umas 5 horas em cima de uns tacões de 10 cm´s foi um belo conjunto de bolhas na sola do pé (começo a pensar seriamente em comprar umas palmilhas quaisquer na farmácia para evitar estas coisas), uma bela queimadura de cigarro que ALGUÉM me fez mesmo na parte de dentro do braço e uma bela sensação de cansaço saudável. Ao fim da noite já era só eu e a S, fechei os olhos e dançei o mais que pude, tentando ignorar a dor que vinha cá de baixo. Mas valeu a pena cada minuto, apesar de não ter visto o meu rapaz. Passei muito tempo de cabeça espetada a ver se lhe reconhecia o cabelo (até já o sei de costas...) e mesmo sabendo que isto não me faz nada bem (o amor platónico não é certamente o meu tipo preferido) continuo na minha, sempre a bater na mesma tecla, sempre persistente e masuquista. That´s me!
Mas o auge foi quando deu a nossa música, quando a S deu um grande grito de AMO-TE seguido de um pouco seguro "ou então não!". Aquela afirmação assustou-me um pouco porque me apercebi sinceramente do que ela sente, que ela gosta mesmo dele. Sorte dela, mas mais azar que outra coisa qualquer. Vocês não o conheçem.
E nisto se passou mais uma noite. Sem o meu rapaz, sem nenhum rapaz de todo, mas com uma enorme sensação de tranquilidade. After all, we´ll survive.