O dia mais stressante do mês passou; finalmente o trabalho de português está apresentado e posso mandar a Morgadinha para onde queria ter mandado à muito tempo, tal como o teste de História que foi despachado a grande velocidade. Enchi a folha de ponto mas tenho a sensação de que não escrevi absolutamente nada de jeito, pus para lá um monte de palavras que nem sequer sei bem o que significam.
Pelo menos esta semana posso arrumar os livros e dedicar-me à leitura, que ficou esquecida na mesa de cabeçeira no meio deste amontoado de afazeres na minha cabeça. As minhas preocupações neste momento são outras... É só uma, mas de forma indirecta, engloba um monte delas.
Começo a sentir falta de companhia masculina. O J liga-me todos os dias, falo com o P quando posso (e quando lhe apetece), tenho-me voltado a aproximar do B e passo muito tempo durante as aulas a falar com o A, mas mesmo assim, faz-me falta aquele grupo que tinha até este ano nos separarmos todos. Que saudades das tardes no Petit, dos disparates em casa do V, das manias do N e do M.. Depois desta separação, nunca mais voltamos a estar juntos. Alias, acho que nem dava, neste momento temos interesses demasiado diferentes, já pouca coisa nos ligaria.. Mais vale ficar assim, mas é inevitavel pensar em como seria se continuassemos todos na mesma escola.
Antes da "festa" de sexta-feira passada, pensei que talvez pudessemos ter encontrado um grupo de rapazes que nos dissesse alguma coisa a todas mas agora vejo que me enganei redondamente. A maior parte deles (há excepções claro, estavamos mal se não houvessem!) não se deu ao trabalho de falar conosco e sempre que alguma de nós fazia uma tentativa de aproximação, era expulsa rapidamente nem que fosse pelos olhos que nos olhavam de cima a baixo e incoscientemente, intimidava a minoria, as raparigas. Eu não sou rapariga de me intimidar nem te ter vergonha das pessoas por isso fiz várias tentativas, mas admito que nenhum deles tivesse alguma coisa para dizer que me interessasse. Provavelmente nem tentaram mas esta falta de tentativas veio confirmar o meu pior medo: não têm absolutamente nada a ver comigo. Eu, que até estava entusiasmada, perdi-o logo. Fiquei mais desiludida que outra coisa qualquer a única coisa que salvou a noite, e que me continuam a salvar todos os dias, são as minhas amigas.
Estou cansada destes rapazes com a mania de que são gente, que sejam felizes e não me chateiem muito.
" não se preocupem por ser pequenos, normalmente dizem que os pequenos têm pilas grandes... é pena é serem tão altos."