Ela continua com aquele medo desesperante, de não saber de quê, de ter medo de saber de mais, de saber de menos, nunca estava bem com nenhum estado, de ter medo do próprio medo. Tantos sentimentos para se referirem a uma única palavra, porquê, ou pior, para quê? Para se acabar onde se começou? Para se começar e não saber onde se vai acabar, que pânico, que medo gigante e assombroso, nada lhe agradaria mais do que ver o seu futuro por escrito, quer dominar toda a sua obra mas gostava de sentir o conforto de reconhecer que algumas coisas são eternas, quando na verdade nada o é. Nem o cabelo, nem as unhas, nem os olhos. Outra vez o medo do fim, agora sim reconhece, tudo acaba, mas quando? Outra vez as perguntas, o ciclo vicioso de reflexão, tudo querer e nada conseguir, ou será antes o contrário? Enfim.
Palavras são palavras,
digo eu.