Com Maria porém, foi diferente.

Onze anos depois, casavam. Estava nessa altura Francisco Teixeira no seu apogeu de sedutor, e não se dispunha a abdicar da sua liberdade de galaroz, as feiras, as noitadas, as amásias, quase sempre de boa nascença, raparigas de primeira mão, bonitas e muito assopapadas de paixão por ele. As mulheres perseguiam-no, vigiavam-no, confiando no ciúme umas das outras, para o privar de uma preferência fatal que lhes arrebatasse as esperanças para sempre. Os seus amores com Maria passaram despercebidos, tanto ele temia o escândalo das rivais, mais pelas suas lágrimas que pelas suas ameaças. Porque ele era afinal um fraco, teria casado com todas as moças que o fitassem com belos olhos marejados, acobardava-se, prometia, enredava-se nas mais ingénuas ciladas do amor, se a mulher se lhe apresentasse como uma vítima indefesa e se lhe rendesse.