Passando a frente o pormenor de que estou de FÉRIAS, queria aproveitar para falar do Natal, esta época tão querida que é de longe, a minha preferida. Infelizmente, cada vez mais se associa o Natal a uma época altamente comercial, ou melhor, exageradamente comercial. A correria aos centros comerciais é incrivel, isto só vem confirmar a minha opinião geral da população Portuguesa. Compram tudo o que vêm á frente, porque dá jeito ter sempre qualquer coisa a mais, não vá o presente de não sei quem partir-se. As pessoas deixam de dar presentes só às pessoas importantes, dão a toda a gente! Dão porque fica bem, porque o outro também vai dar, porque pode ser que fique mais bem visto. O que é isto, afinal? Depois queixam-se que não há dinheiro para comer, tá claro que não há, gastam o ordenado todo em coisas absurdas! Porque é que as pessoas não podem ficar contentes só com um beijinho, um abraço de Natal? As tradições vão todas desaparecendo aos poucos e o ritual de se sentarem todos à mesa a conversar é substituido por cada um no seu cantinho com um prato de plástico no colo. Felizmente a minha familia mantém-se fiél a estas tradições, há aqueles pratos todos natalícios que eu nunca irei decorar ou provar todos; usa-se a "loiça boa", "os copos bons" e os guardanapos de pano. Por um bocadinho, consigo esquecer o stress todo e rever-me nos meus primos mais pequeninos, a rasgar o papel á velocidade da luz e ficar com um brilhozinho nos olhos ao ver que era mesmo aquilo que pediram. Quem me dera poder dar-me ao luxo de ter a sinceridade dos mais pequeninos.. Quando vou à arvore e a primeira coisa que me calha é uma bolsinha miniatura para meter seja lá o que for que caiba lá dentro, não me posso fazer de desiludida. Desculpem lá, mas com coisas daquelas, mais valia estarem quietos...Dava-me por satisfeita com um beijinho ou qualquer coisa do género. Os pequeninos não. Mandam um salto, torcem o nariz" Oh mãe, eu não gosto disto..." e deixam as ditas mães todas enrascadas, a fazer sorrisos forçados e com vontade de dar uma belinha ao filho. Quem me dera poder ser mais sincera, dizer mesmo que presentes daqueles vão directamente para a reciclagem e até as proprias pessoas deviam saber quando se dão ao trabalho de mandar embrulhar aquelas miniaturas.
Mas enfim, o Natal é uma época muito gira. Claro que era mais giro se fosse como nos filmes, com guerras de bolas de neve e um boneco gigante com olhos de azeitona á nossa porta. Isso sim, era fantástico. Até porque eu seria uma adepta muito maior de desportos de neve, e certamente muito mais experiente.
Outra coisa que marca todos os meus Natais (sem ser a falta de neve e a grande quantidade de presentes anões) é o facto de ser certinho que todos os anos estou completamente nas nuvens. Quer dizer, tirando o Natal do 6º, 7º e 8º ano que me mantive fiél ao mesmo. O Natal do ano passado foi especialmente curioso porque estava a gostar muito de um rapaz que conhecia á pouco tempo e isso impediu-me de fazer alguns disparates ( graças a deus ). Este ano, vai ser a mesma coisa. Não sei se vou ou não fazer disparates mas uma coisa é certa; este rapaz é mesmo muito importante para mim e tirando o facto de que começei logo a fazer asneira, gostava de que daqui para a frente corresse tudo da melhor maneira (ele sabe quem é e tudo por isso, não tenho grande coisa a esconder.. ele vai perceber mal ler isto.) Até porque o Natal é uma época de paz, amor... e no Natal diz-se sempre a verdade.
O meu pai acabou de subir o som da aparelhagem e agora a música dos Buraka Som Sistema ecoa pela casa toda.. Cada vez me apercebo mais de que não consigo gostar destas músicas quando estou longe dos meus amigos, quando estou longe de algum local festivo. Cá em casa a única festa que há neste momento é na sala com os meus pais a tentarem imitar a voz da vocalista e sinceramente, não me apetece naaada juntar a eles.
Desejo um óptimo Natal ás Martas, ás Ineses, ás Catarinas, ás Marianas, ás Margaridas, ás Patricias, ás Marias, às Sofias, às Joanas, às Beatrizes, às Raqueis, ás Ritas, ás Leonores, ás Lauras, ás Marias "Joaos", ás Marias Anas, ás Carolinas, ás Saras, às Carlotas, ás Cristianas, ás Franciscas, ás Agatas, ás Dianas, ás Anas, aos Maneis, aos Pedros, aos Franciscos, aos Guilhermes, aos Gonçalos, aos Migueis, aos "Joaos" (não faço a menor ideia como é que este nome se escreve no plural), aos Simoes, aos Vascos, aos Bernardos, aos Diogos, aos Andres, aos Afonsos, aos Antonios, aos Brunos, aos Davids, aos Ricardos, aos Fredericos, aos Tomases, aos Luises, aos Nunos e a todos os outros que me esqueci de mencionar. Uma boa Pascoa, como diria a L.
